Copywriting: entenda o que é e onde utilizar

É verdade que surgem tantas estratégias de marketing digital por aí, quase diariamente, que fica difícil acompanhar todas. Porém, se tem uma que realmente faz a diferença, é a de copywriting, que torna a escrita de alguém muito mais persuasiva.

Na verdade, não se trata de “apenas mais uma estratégia”, até porque o copywriter é um dos profissionais mais antigos do universo do marketing, da propaganda e da publicidade em geral, tendo surgido na primeira metade do século passado.

Inclusive, ele também já foi um dos profissionais mais requisitados e mais prestigiados nesse mundo dos negócios.

Antes bastava colocar qualquer desafio nas mãos dele, um produto popular ou um serviço como aula particular de piano, e ele fazia milagres.

Até porque, cabia ao copywriter o papel de criar slogans, de modo que alguns dos slogans mais famosos das maiores marcas do mundo saíram da imaginação de gente como David Ogilvy, que ainda hoje é o copywriter mais famoso de todos.

Claro que nas últimas décadas esse prestígio diminuiu bastante e as funções desse tipo de profissional se tornaram um pouco mais pragmáticas. 

Contudo, fazer copywriting continua sendo um dos melhores investimentos para qualquer marca.

Especialmente se levarmos em conta o momento atual, em que o marketing digital se democratiza cada vez mais e apresenta uma concorrência crescente em termos de competitividade, criando desafios cada vez maiores.

Imagine um serviço como o de motoboy pequenas encomendas, inserido em um contexto digital no qual as pessoas podem encontrar serviços similares com poucos cliques, na palma da mão às vezes, por meio do smartphone.

Como um negócio desses pode se destacar no meio da multidão e conseguir fazer a diferença? O bacana do copywriting é que se trata de algo que vai muito além da simples venda, ou dos famosos gatilhos mentais, por ser mais abrangente.

Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo vários conceitos indispensáveis da área, bem como dicas de como, quando e onde exatamente utilizar as técnicas de copywriting que podem tornar seu marketing muito mais assertivo e atraente.

O mais bacana é que tudo isso pode ser aplicado a qualquer segmento ou nicho de mercado, sem contraindicação quanto a isso. Pois, seja ao falar de sala de reunião para alugar ou ao vender um produto qualquer, o copywriter saberá o que fazer.

Portanto, se você quer entender melhor do que se trata tudo isso e aproveitar para se diferenciar no meio da multidão de marcas que se apresentam atualmente na internet, basta seguir adiante na leitura.

Do que se trata o copywriting?

Tudo deve começar com uma boa definição técnica. Portanto, o copywriting é um método de desenvolvimento de textos persuasivos e estratégicos, criados de modo a levar as pessoas a tomarem uma atitude.

Sabe o famoso CTA (Call to Action ou Chamado Para Ação)? Ele é a essência do copywriting, e sempre que alguém utiliza algum CTA na verdade está tentando extrair de um texto ou página o que de melhor a metodologia pode oferecer.

Também é importante frisar que o copywriting lida com todo tipo de texto. Portanto, ele pode se voltar para um slogan de quatro palavras, como pode se debruçar sobre um e-mail longo ou uma landing page cheia de detalhes sobre um produto ou serviço.

Sem falar que hoje o copywriter precisa levar em conta o aspecto visual. Pegue o caso de um notebook novo, por exemplo, a maioria das peças ou ações publicitárias que forem apresentar esse produto terá algum elemento visual.

Isso não quer dizer que o redator precisa dominar questões de design, identidade visual e teoria das cores. 

Contudo, ele pode formar com mais alguém da área aquilo que se convencionou chamar de “duplo”, fazendo um trabalho a quatro mãos.

O bacana é que, sendo o “especialista das palavras”, hoje o copywriter pode trabalhar em várias frentes diferentes, indo desde a promoção de produtos e serviços, que é a aplicação mais normal, até o trabalho com a promoção de ideias ou mesmo de pessoas.

Nesse caso, o profissional pode atuar à frente de uma ONG, um partido político, um profissional liberal e até mesmo freelancers e influencer digitais, que atualmente estão em alta e geram muita demanda para esse mercado.

A importância de identificar a persona

Um erro muito comum é achar que o copywriter precisa ser capaz de escrever bem e fazer cartas de venda a torto e a direito, mesmo sem nenhum subsídio. Seria como achar que um comediante precisa fazer piadas o tempo todo.

Não é bem assim, pois é impossível que um texto qualquer atinja seu alvo e leve a uma ação sem que o redator conheça melhor quem vai ler a peça. Aí é que entra o papel da persona do público, que precisa ser muito bem estudada pelo profissional.

Por isso, um elemento básico desse universo é o briefing, que traz informações básicas sobre a direção que o texto precisa tomar e qual é o tipo de pessoa que quer atingir.

Ademais, não basta dizer que um carimbo empresarial é voltado para empresas. Hoje a estratégia da persona evolui e vai muito além da antiga noção de público-alvo.

Algumas perguntas que o copywriter ou responsável pode levantar para ser mais assertivo incluem o seguinte:

  • Quem é meu cliente ideal?
  • Quais sites e redes sociais ele mais acessa?
  • Onde exatamente posso encontrá-lo?
  • Ele curte que tipo de música, filme e série?
  • O que ele faz nas suas horas vagas?
  • O que ele ama em uma marca?
  • O que odeia que uma empresa faça?

Enfim, ao responder esses questionamentos é possível criar perfis fictícios, se possível com nome e até com foto de alguém real. 

Assim os textos de copywriting vão se tornar muito mais assertivos e o poder de conversão vai aumentar bastante.

Tudo sobre o famoso funil de vendas

Conforme já referido acima, o bom copywriter vai muito além da simples venda. Isso quer dizer que ele é um profissional mais habilitado para dominar a linguagem e entender a psicologia humana, mas não apenas isso.

Trata-se do fato de que ele pode voltar seus esforços para etapas que vêm antes e depois, ou seja, o pré-venda e o pós-venda. Para isso é preciso dominar o funil de vendas, também conhecido como pipeline.

Suas etapas podem variar bastante a depender do segmento. Afinal, alugar salas para treinamento exige muito mais explicações do que vender um produto de impacto, como uma calça ou algo similar.

O copywriter começa a agregar muito mais valor quando ele se aprofunda, por exemplo, nas etapas de captação de leads, de geração de novas oportunidades e de prospecção. É aí que está o maior esforço do marketing digital na atualidade.

Há blogs, e-mail marketing, landing pages e uma série de estratégias voltadas para essa etapa do funil. 

Depois, é importante saber que, mesmo após consumir, o cliente pode ou não voltar a comprar, então caberá novamente os esforços de remarketing do copywriting.

Por dentro das estratégias específicas

Além de dominar a persona e o funil, que é função de vários profissionais, o que distingue o copywriter é a aplicação do texto em três pilares: o da atração, o da conexão e o da solução.

Na primeira etapa ele utiliza gatilhos como “Descubra agora…” ou “Revelaremos o segredo para…”, de modo que chame atenção, já levando em conta qual é o seu alvo.

Na área de promotores para eventos, por exemplo, certamente vender uma estratégia para conseguir captar mais eventos é algo que vai atrair a atenção do público certo.

A conexão pode se dar de vários modos, mas especialmente quando ele consegue um diferencial do tipo “Comece do absoluto zero”. Perceba que isso é inclusivo e não deixa nenhuma possibilidade fora, atraindo muito mais leads.

A solução é o momento em que a copywriting lança a isca que fará a pessoa querer participar do que está sendo prometido. Por exemplo, “Elimine estes 5 erros dos promotores de eventos” ou “Lucre mais seguindo estes 5 passos…”.

Bônus: onde começam os diferenciais?

Finalmente, se tem algo que pode fazer o esforço de copywriting mudar de direção e atingir um patamar diferenciado, que vai além do que o marketing em geral já inclui, é a dedicação com a escrita e com a psicologia humana.

Pouca gente sabe, mas a literatura clássica pode ajudar e muito nesse sentido. É claro que um copywriter não vai escrever como Dostoiévski ou como Machado de Assis. 

No entanto, ao ler essas obras ele vai ganhar maior domínio sobre a linguagem e sobre as pessoas.

Sendo assim, ele vai entender melhor a psicologia humana, o que nos faz tomar decisões e daí em diante. 

Afinal, a empresa pode lidar com avaliação de ativos ou com soluções químicas, no fundo quem toma decisões sempre é um ser humano.

Com isso chegamos ao fim, deixando claro não apenas o que o copywriting é, mas também como aplicar essa estratégia de maneira mais assertiva e proveitosa.

 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.