Como começar a investir?

Seguindo regras básicas, você pode conquistar sua liberdade financeira antes do que imagina

Muitas pessoas acreditam que, para construir um patrimônio sólido e ter mais tranquilidade financeira no futuro, é preciso ter um profundo conhecimento técnico sobre investimentos ou seguir alguma fórmula mirabolante para enriquecer sem esforço.

Na verdade, você pode, sim, começar a investir com conhecimentos básicos e pouco dinheiro, desde que organize sua vida financeira e siga algumas regras simples que vamos apresentar neste artigo. Você também conhecerá alguns princípios importantes para aplicar melhor seus recursos e obter resultados consistentes no longo prazo.

A “mágica” dos juros compostos nos investimentos

Conquistar a vida financeira dos seus sonhos depende mais do seu comportamento financeiro do que de técnica ou conhecimento especializado. E, como tudo na vida, você precisa ter foco, planejamento, persistência e visão a longo prazo, já que não existem atalhos.

Mas você pode encurtar bastante o tempo necessário para construir sua independência financeira ao dar mais importância a um fator bastante negligenciado pela maioria dos investidores: os juros compostos.

A chamada “mágica” dos juros compostos ocorre porque a rentabilidade é calculada sobre o valor que vai sendo acumulado ao longo do tempo, e não sobre o capital inicial.

Assim, por exemplo, com um investimento inicial de R$5.000 e aportes mensais de apenas R$150, você pode garantir uma aposentadoria perpétua de quase R$1.200, se seguir essa rotina de investimento por 20 anos, aplicando os recursos a uma taxa de juros de 0,83% ao mês, já descontados custos e impostos, e mantendo o dinheiro aplicado nas mesmas condições após esse período.

Isso porque, ao final dos 20 anos, você terá acumulado R$141.376,38, o que rende cerca de R$14.137,64 ao ano apenas com juros.

Esse exemplo mostra que, com um pequeno esforço todos os meses, você já consegue diversificar suas fontes de renda e oferecer um futuro muito mais tranquilo e próspero para você e sua família.

O que fazer para começar a investir, mesmo com pouco dinheiro

Siga estes três passos simples para começar a investir e construir sua liberdade financeira.

1 – Tenha um planejamento financeiro

Nenhum projeto de investimento terá sucesso se você não planejar muito bem suas finanças pessoais. Controle seu orçamento, para saber exatamente o que entra e o que sai da sua conta, e tome decisões conscientes de consumo. Lembre-se: mais importante do que investir bem é saber gastar o dinheiro que você ganha.

2 – Diversifique suas fontes de renda

Você conhece o ditado: não deposite todos os ovos em apenas uma cesta. Se você depender de apenas uma fonte de renda, qualquer imprevisto pode fazer você abandonar seu plano de independência financeira. Por isso, pense em formas alternativas de ocupar seu tempo livre com atividades produtivas e que lhe garantam uma fonte secundária de recursos.

3 – Não espere sobrar dinheiro

É aquela história, se você ficar esperando o momento certo para fazer alguma coisa, pode ser que ele nunca chegue. Portanto, insira seu objetivo de investimento no seu planejamento financeiro e faça com que as aplicações sejam uma espécie de “gasto fixo” que você precisa fazer todos os meses.

Por onde começar?

Agora que sabemos quais são os passos básicos para começar no mundo dos investimentos, sempre surgem dúvidas do tipo “onde investir?”. Como regra geral, não existe investimento certo ou errado, e sim investimento adequado ou não para o seu perfil de investidor.

Saber o seu perfil de investidor é importante, porque é com base nele que bancos e corretoras disponibilizam as opções de investimento, por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil.

A legislação estabelece que os produtos financeiros sejam divididos em três perfis: o conservador, o moderado e o arrojado.

Principais investimentos

Para quem está começando a investir, os melhores investimentos são aqueles de perfil conservador, pois eles apresentam três características básicas:

  • São de renda fixa, ou seja, você já sabe quanto terá de retorno no vencimento ao fazer a contratação;
  • Oferecem alguma proteção, como a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC);
  • Possuem certa liquidez, ou seja, permitem resgatar os recursos antes do vencimento.

Entre os principais investimentos de perfil conservador, podemos citar as opções abaixo:

  • Contas de bancos digitais que oferecem retornos acima da poupança; são ideais para guardar sua reserva de emergência;
  • Tesouro Direto: são títulos de dívida do governo federal, como o Tesouro IPCA+, que protege contra a inflação;
  • Cédulas de Depósito Bancário (CDBs): títulos usados pelos bancos para se capitalizarem, com retorno acima do Tesouro Direto, principalmente para pequenos bancos.
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs/LCAs): títulos isentos de Imposto de Renda, criados para aumentar a oferta de crédito nesses dois mercados.

Ao fazer seus primeiros investimentos, procure distribuir aos poucos seus recursos entre essas opções de aplicação e nunca deixe de se educar financeiramente para, no futuro, poder acessar oportunidades um pouco mais rentáveis e sofisticadas.