O aluguel subiu, mas como o reajuste é calculado? Entenda mais sobre o assunto aqui!

Assim como a taxa de compra de imóvel, o aluguel comercial também subiu. Levando isso em consideração, os empresários precisam reajustar seu orçamento para não ter problemas com o dono do imóvel e nem ficar sem um lugar para exercer as atividades da sua empresa.

Nesse momento, vale destacar também a importância de uma reserva de emergência para que situações como essa não afetem as finanças do seu negócio e prejudiquem a imagem da sua empresa no mercado.

A seguir, explicamos o porquê desse aumento e quais índices são utilizados para realizar esse reajuste. Vamos lá?

Quais índices são utilizados para realizar os reajustes de aluguel?

Uma das principais dúvidas de quem paga aluguel refere-se ao cálculo realizado para definir o valor final que precisará ser pago mensalmente. O que é levado em consideração nesse momento? A seguir, mostramos quais os principais índices utilizados nesse momento.

IGP-M

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), também conhecido como inflação do aluguel, costuma ser o mais utilizado no mercado imobiliário para calcular os reajustes no aluguel. O problema maior desse índice é que ele é muito sensível à variação cambial.

Nesse sentido, ambas as partes podem sair “perdendo” em algum momento — quando o dólar sobe, o inquilino é lesado; e quando o dólar cai, o proprietário ganha menos.

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e leva em consideração o custo de vida das famílias que ganham entre um e quarenta salários mínimos. Esse índice também é utilizado pelo Banco Central para estabelecer qual será a meta da inflação.

INPC

Agora, vamos falar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ele também é calculado pelo IBGE e é muito similar ao IPCA, porém, uma das principais diferenças é que ele leva em consideração o custo de vida das famílias que ganham até cinco salários mínimos.

IPC

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e leva em consideração o custo de vida de famílias que tenham uma renda total de um a trinta e três salários mínimos e residam nas sete principais capitais do país.

O que a Lei do Inquilinato fala sobre os reajustes?

De acordo com a Lei 8.245/1991, art. 18 (Lei do Inquilinato), o proprietário tem o direito de realizar os reajustes nos valores do aluguel, desde que esteja previsto em contrato, tendo como base algum índice de inflação. Isso significa que os novos valores precisam ser acordados entre as partes.

Além disso, o valor do aluguel não pode ser estipulado em moeda estrangeira e nem mesmo ser reajustado de acordo com a variação cambial.

Como fica a situação do aluguel residencial?

Os contratos de locação que fazem aniversário em fevereiro/2022 podem ser reajustados em até 16,91%. Apesar do aumento, ele ainda é bem menor em comparação à alta de 2021.

No entanto, vale destacar que o inquilino pode negociar o valor do aluguel com o proprietário. Por mais que o dono do imóvel tenha direito ao reajuste, é importante levar em consideração o contexto econômico em volta do contrato de aluguel.

Estar atento aos reajustes de aluguel, tanto comercial quanto residencial, é fundamental para não ter impactos negativos no seu orçamento. Como dito, o reajuste é um direito do proprietário garantido por lei, portanto, é necessário se organizar e, se necessário, negociar junto ao dono do imóvel o novo valor do aluguel. Dessa forma, ninguém será lesado. Lembre-se de que o não pagamento do aluguel pode trazer muitos transtornos, como uma ação de despejo, e isso não só trará prejuízos financeiros, mas também emocionais.