O sistema desempenha um papel essencial na intermediação financeira entre credores e tomadores de recursos. Entenda como ele é organizado e de que forma ele afeta a sua vida
Provavelmente você já ouviu falar no Sistema Financeiro Nacional. No entanto, mesmo sem conhecer ou ter se deparado com o SFN, provavelmente já realizou alguma operação atrelada às atividades do órgão, que incluem, entre outros, intermediação de operações como empréstimos, seguros, investimentos e previdência.
É fundamental entender o que é o SFN e quais são suas atribuições e atividades. Essas informações ajudam a compreender melhor o próprio mercado, suas normatizações e vínculos operacionais. Acompanhe!
O que é o SFN?
A sigla SFN é utilizada para se referir ao Sistema Financeiro Nacional. Ele representa a união de várias instituições e entidades, responsáveis por realizar a intermediação financeira entre tomadores e credores.
Isso quer dizer que é por meio desse sistema que circula a maior parte dos ativos financeiros e recursos por meio do qual pessoas físicas, jurídicas e governos realizam seus investimentos, solicitam crédito e pagam suas dívidas.
O Sistema Financeiro Nacional é organizado em três principais figuras: agentes/órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores. Entenda o papel de cada um deles:
- agentes/órgãos normativos: são aqueles que determinam as regras para que o SFN funcione de forma adequada;
- entidades supervisoras: supervisionam todos os integrantes do sistema financeiro a fim de garantir que eles atuem de acordo com as regras definidas pelos órgãos normativos; e,
- operadores: instituições que oferecem serviços financeiros.
Qual é o papel do CMN e do BCB no SFN?
O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BCB) ocupam uma posição importante no contexto do Sistema Financeiro Nacional. O CMN, é responsável por formular a política de moeda e de crédito, o que significa ser o órgão que coordena ações de política macroeconômica no âmbito do governo federal.
No CMN se decidem, por exemplo, questões como a definição da meta para a inflação, as normas para o funcionamento das instituições financeiras e diretrizes associadas ao câmbio.
O Banco Central do Brasil, por sua vez, atua com foco na garantia de cumprimento das normas do Conselho Monetário Nacional, monitorando e fiscalizando o SFN e colocando em prática as políticas de crédito, de câmbio e monetária.
Qual é a estrutura do SFN?
A estrutura do SFN pode ser dividida em três grandes órgãos normativos: o Conselho Monetário Nacional, que trata de moeda, crédito, capitais e câmbio; o Conselho Nacional de Seguros Privados, que trata dos seguros privados; e, o Conselho Nacional de Previdência Complementar, que atua no âmbito da Previdência Fechada.
Conselho Monetário Nacional
Integrando o principal ramo do SFN, o Conselho Monetário Nacional atua com mercado monetário, de crédito, de capitais e de câmbio. Entenda o que faz cada um deles:
- mercado monetário: responsável por fornecer papel moeda e moeda escritural (aquela depositada na conta corrente);
- mercado de crédito: responsável pelo fornecimento de recursos para pessoas físicas e jurídicas;
- mercado de capitais: responsável pela viabilidade de captação de recursos de terceiros por empresas;
- mercado de câmbio: atua com a operação de compra e venda de moedas estrangeiras.
Dentro deste grupo, o Conselho Monetário Nacional é o órgão normativo, enquanto atuam no papel de supervisores o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. São os operadores:
- bancos;
- caixas econômicas;
- bolsa de valores;
- administradoras de consórcios;
- cooperativas de créditos;
- corretoras;
- bolsa de mercadorias e futuros;
- instituições de pagamento; e,
- demais instituições não bancárias.
Conselho Nacional de Seguros Privados
Dentro do grupo de Seguros Privados, o órgão responsável pela normatização é o Conselho Nacional de Seguros Privados. Sua atuação está focada em serviços de seguros privados, contratos de capitalização e previdência complementar aberta.
Este grupo é supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e tem como operadores:
- Seguradores;
- Resseguradores;
- Entidades abertas de previdência; e,
- Sociedades de Capitalização.
Conselho Nacional de Previdência Complementar
Por fim, o grupo de previdência fechada direciona suas ações para funcionários de empresas e organizações, atuando em planos de aposentadoria, de pensão e poupança para servidores públicos, funcionários de empresas privadas e integrantes de entidades de classe e associações.
Este grupo é o que tem menos ramificações. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) atua na supervisão e as operadoras são entidades fechadas de previdência complementar — fundos de pensão.